sábado, 5 de novembro de 2011

A.Severo: A bondade consciente.

A bondade consciente.

A bondade, o ato caridoso, sem inteligência, pode não resultar, o esperado, pois que o resultado pode ser o inverso, e ao achar estarmos fazendo o bem, podemos estar fazendo o mal, assim como a inteligência, sem a bondade, sem a caridade, de uma maneira idêntica, em muitos casos se tornará ineficaz, porque é necessário, o equilíbrio entre estas duas forças, e que as duas possam agir em sintonia, a inteligência que age, sem a bondade, já será o mal, pois que também, a bondade sem ação inteligente, em alguns casos é um ato ineficaz, naquilo que se almeja, diante de uma ação moral.
 Exemplificando: Um dependente químico, de uma droga qualquer, viciante, alienante, destruidora dos valores humanos morais, que não trabalhando, vivendo como um vagabundo, vai a casa de uma pessoa caridosa, que sem inteligência, ou com pouca, entrega ao pedinte, alguns alimentos, ainda na embalagem,aquele, vai então, ao traficante, e troca muitas vezes 10 quilos de alimentos, que foram reunidos em longas caminhadas, por uma pedra destruidora, viciante, que o traficante de vila, lhe entrega em troca, e que depois os alimentos recebidos, reunidos de vários outros pedintes, o traficante, vende ao pequeno comerciante do mercado, e pequenos comercio de gêneros alimentícios, que algumas vezes ávidos pelo lucro, compram aquelas mercadorias, entregando ao traficante, o desejado por ele, o dinheiro do lucro do tráfico de drogas ilícitas.
 E por outro lado, as pessoas com pouco poder aquisitivo, das periferias das cidades, procuram alimentos, mais em conta, mais barato, e aproveitando as ofertas de pequenos inescrupulosos comerciantes, que muitas vezes numa espécie de simbiose, que inconscientemente, em parceria com traficantes, vão assim, pelo ato de bondade de muitos, que fazendo a caridade, sem discernimento, financiam na verdade, não o bem, mas o mal, apoiando indiretamente o desenvolvimento, e a existência do tráfico de drogas com seu gesto de bondade meia capenga, pois como dissemos de inicio, a bondade sem inteligência é um ato falho.

Devemos melhor avaliar, as coisas, se temos a vontade de auxiliar, fazer o bem, nos perguntarmos sempre, qual seria a melhor maneira? Imagino que seria através de doações, as sociedades, e organizações religiosas de todas denominações, e como sociedade filantrópica, sem fins comerciais, como tal reconhecidas, e que examinando, a vida, a família do necessitado, os cadastrando, estariam mais aptos se assim agindo, para uma caridade consciente, inteligentemente raciocinada, que podem gerar o bem que almejamos fazer, fazendo-o por intermédio destas, melhorando nossa sociedade, ao menos não financiando o tráfico de drogas através de atos de bondade nossa, sem uma visão real das situações.
A sociedade em que vivemos, é como um corpo, e assim, quaisquer membros deste corpo, que não estiver em sintonia com o bem, mesmo que inteligente, indiretamente, de alguma forma, nos atinge a todos, em algum momento, com uma parcela de maldade. Ninguém foge a esta situação, a não ser pela bondade, a caridade consciente, que age com inteligencia, e que procura conduzir, os extraviados, a um equilíbrio, dentro do sistema social, agindo também, produtivamente, em sintonia em prol do progresso, do bem estar do conjunto.

Augusto Severo ,   05 de novembro de 2011,  
psicografia  por Jota pedroso

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